Novo volume sobre Talento e Cultura Empreendedora lançado como parte da série independente que apoia a agenda de startups e scaleups da UE
A Europe Startup Nations Alliance (ESNA) lançou o terceiro volume da sua série estratégica de cinco partes, cujo objetivo é apoiar a implementação da Estratégia da UE para Startups e Scaleups. Apresentada hoje no Innovation Radar Prize 2025, em Lisboa, a nova publicação centra-se num dos principais pilares da Estratégia para Startups e Scaleups: Talento e Cultura Empreendedora.
Lisboa, 10 de novembro de 2025 – Intitulado “Construir uma Europa Competitiva: o papel dos ecossistemas de startups e scaleups – Volumes Conjuntos III e IV: Talento e Cultura Empreendedora”, o documento promove uma compreensão mais profunda da necessidade de desenvolver uma cultura empreendedora mais robusta, em que o risco e a aceitação da incerteza sejam essenciais para a competitividade europeia.
Ao reunir um conjunto de boas práticas nacionais, mapear as missões da UE com setores específicos e estabelecer possíveis correlações das competências necessárias em onze setores críticos, este volume constitui um apoio prático aos decisores políticos no processo de compreensão e avaliação das questões relacionadas com o talento, bem como da importância de uma sociedade com maior propensão para o risco e valores empreendedores.
Cada capítulo oferece uma perspetiva única sobre os principais facilitadores da competitividade europeia – desde a literacia financeira e a educação empreendedora (para além do nível universitário) até aos sistemas de antecipação de competências, ligados ao mapeamento de setores críticos e à harmonização das políticas com as Orientações Políticas de Ursula von der Leyen, os Relatórios Letta e Draghi, a Bússola para a Competitividade e o Horizonte Europa.
Integrada num esforço mais amplo para complementar a atenção renovada da Comissão Europeia às startups e scaleups, a publicação traduz a ambição da UE em reformas nacionais concretas, proporcionando uma perspetiva dupla que liga as ambições de inovação da Europa ao capital humano e social tangível e a uma abordagem baseada em evidências, fundamentada na avaliação comparativa de políticas e nas boas práticas.
Desenvolvido através de um processo colaborativo com o Conselho Consultivo e os Parceiros da ESNA, este documento combina visão estratégica com análise empírica, oferecendo orientações políticas concretas, recomendações práticas e um plano de implementação.
Principais Recomendações
Talento
Requalificação e Aprendizagem ao Longo da Vida
Alargar os programas da UE e nacionais para requalificar sistematicamente trabalhadores em tecnologias avançadas, tecnologias limpas, saúde e IA.
Incluir competências empreendedoras, resiliência, criatividade e resolução de problemas em todos os níveis de ensino.
Ligar a previsão de competências às necessidades das startups e scaleups, e não apenas à procura das grandes empresas.
Atração de Talentos Globais e Intra-UE
Criar um 28.º Regime para Talentos que simplifique vistos, mobilidade e reconhecimento de qualificações.
Melhorar as estruturas de ESOP de forma a tornar a propriedade empreendedora verdadeiramente competitiva.
Envolver fundadores da diáspora e internacionais para posicionar a Europa como um polo de atração de talentos.
Retenção e Preparação para Expansão
Criar regimes fiscais e laborais favoráveis às startups, para reduzir a fuga de talentos.
Reforçar as competências em fase de crescimento através do EIC Scaling Club e de iniciativas semelhantes.
Fortalecer as ligações entre universidades e startups para reter investigadores e engenheiros.
Cultura Empreendedora
Mudança Cultural e Identidade Empreendedora
Promover o empreendedorismo como uma carreira respeitada, através de exemplos e histórias inspiradoras.
Apoiar peer networks que democratizem o acesso à mentoria e ao conhecimento.
Basear o modelo de inovação europeu na inclusão, sustentabilidade e soberania.
Arthur Jordão, Diretor Executivo da ESNA afirmou: “Através da colaboração, da visão de futuro e de ações decisivas, a Europa pode desbloquear todo o potencial do seu capital humano e garantir que o espírito empreendedor continue a moldar o futuro do continente. Para alcançar este objetivo, a Europa precisa de evoluir para um ambiente onde as startups possam crescer de forma eficiente, a inovação esteja integrada em todos os setores como motor de prosperidade a longo prazo e o desenvolvimento de talentos e a cultura empreendedora sejam ativamente apoiados como ativos estratégicos.”
Um volume final, dedicado à Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia, será publicado no início de 2026 e concluirá a série. Juntas, estas publicações visam oferecer contributos oportunos e orientados para a reforma da agenda de políticas de startups da Europa, num momento crucial para a sua competitividade global.